sábado, 6 de dezembro de 2008

Um grande nadador: O Imperador Carlos Magno


Quem não ouviu falar do Imperador Carlos Magno? Grande defensor dos direitos da Igreja, é considerado por muitos historiadores como o fundador da Europa.
Poucos sabem, entretanto, que foi também um grande nadador. Seu gosto por esta atividade levou-o a construir um palácio em Aquisgrana, na Alemanha, famosa por suas águas termais, e ali passar longas temporadas.
Mas não ia sozinho. Queria compartilhar com os seu mais próximos esse saudável prazer. Assim ao nadar, o Grande Carlos era acompanhado por uma verdadeira multidão: desde seus filhos até os guardas do palácio. Mais de cem pessoas iam conversado e se entretendo, envoltas pela mesma massa liquida e por um mesmo afeto que, em Carlos, também era grande.
Mas alguém – sempre com respeito – ousava desafiar o Imperador para uma competição aquática, Carlos Magno, com sua avantajada estatura, provava ser imbatível até dentro d´água
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terça-feira, 6 de maio de 2008

Tesouros da Liturgia

O Lavabo antes da Missa.

Este costume tem sua origem no Antigo Testamento, quando Deus mandou Moisés fazer uma pia de metal e fixá-la na entrada da Tenda, panela-a entre o tabernáculo e o altar, a fim de Aarão e seus filhos lavarem as mãos antes de oferecerem sacrifícios a Deus. Por conseguinte, era indispensável aos Levitas a pureza, tanto espiritual quanto corporal, para exercerem o ministério.

Diz São Tomás que antes da Missa, o Sacerdote deve lavar as mãos por duas razões:

1) Pelo simbolismo de lavar as mãos: candura e limpeza, até dos pecados veniais. E porque, diz o mesmo santo, “às mãos se atribuem todas as obras e, lavando-as, o Sacerdote se adverte de que, para celebrar, é necessário a mais pura intenção de coração em suas obras e a santidade”.

2) Devem-se tratar as coisas preciosas com mãos limpas, e seria indecente chegar a tão precioso Sacramento com as mãos sujas.

Por isso, a primeira oração do Sacerdote antes de se paramentar é: “ó Senhor, dai fortaleza às minhas mãos para limpá-las de toda mancha; assim possa eu Vos servir com pureza de mente e de corpo”.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Os paramentos litúrgicos na perspectiva dos Arautos do Evangelho

Com a primeira ordenação sacerdotal, ocorrida a 15 de junho de 2005, na Basílica do Carmo, em São Paulo, um novo alvo de curiosidades, admiração e entusiasmo despontou para os jovens Arautos do Evangelho: as vestes litúrgicas.





Sob a orientação e o incentivo do Mons. João Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho, o setor encarregado dos paramentos procura seguir o conselho de Nosso Senhor Jesus Cristo “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”(Mt 5, 48), fazendo jus aos ensinamentos do grande São Pedro Julião Eymard: “Haverá algo de mais honroso, com efeito, que ver o dom de nossa piedade, o trabalho de nossas mãos, tornar-se coisa sagrada, gloriosa a Deus, e servir de veste a Jesus Cristo?”
[1]





Devido a esse crescente interesse por parte dos mais jovens, procuraremos transmitir aqui algumas noções da “história” dos paramentos ao longo dos tempos, bem como seu desenvolvimento constante dentro dos Arautos do Evangelho.



A origem
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Os trajes oficiais do culto cristão, ao contrário do que muitos pensam, têm uma origem orgânica e simples.
As perseguições ao cristianismo dos primeiros tempos fizeram com que a Igreja nascente fosse marcada pelos magníficos testemunhos de fé dos mártires, ao lado de uma elementar prudência. Desse modo, as catacumbas passaram a ser os recônditos mais seguros para os cristãos e as cerimônias e os dogmas da fé eram ocultados aos pagãos. Evidentemente, no vestuário a vigilância não era menor: sob esse aspecto, os eclesiásticos em nada se distinguiam dos leigos, pois assim se evitava que os agentes governamentais descobrissem quem eram os ministros de Deus.








Existiam duas modas básicas entre os romanos de então. Para os homens, havia a túnica, que podia ser com ou sem mangas e a toga, um tipo de capa que passava sob o braço direito e cobria o ombro esquerdo.








Para as mulheres, as roupas eram semelhantes às masculinas, mas o manto e a túnica — que nesse caso recebia o nome de stola — eram de tecidos superiores e possuíam muitos enfeites. A princípio somente as mulheres usavam a stola, mas com o tempo veio a ser comum também aos homens.





É muito provável que as vestes usadas durantes as funções sacras pouco ou nada diferiam das que eram usadas na vida particular, acima descritas.





No século VI, os romanos adotaram para si o trajar dos invasores bárbaros, sob os quais estavam sujeitos, passando a usar a veste curta (sagum), ao passo que a Igreja permaneceu fiel aos antigos usos. Assim, tanto a batina quanto os paramentos não foram uma inovação eclesiástica, mas uma conservação dos trajes dos antepassados.





Com essas breves noções de suas origens, torna-se mais fácil compreender o significado das vestes litúrgicas.
[1] SÃO PEDRO JULIAO EYMARD, Escritos e Sermões, A divina Eucaristia, vol. 5, 1932.
[2] DOUTRINA CATÓLICA, Manual de Instrução Religiosa vol. III, 1949.